sexta-feira, 13 de abril de 2018

Neurociência, aprendizagem e desenvolvimento infantil Parte IV: 18 a 24 meses


Para Pais, professores, educadores e interessados...


Com 18 meses as crianças já não são mais bebezinhos. Elas executam movimentos mais complexos e coordenados, se deslocam com certa facilidade e suas capacidades intelectuais lhes permitem comunicar sentimentos e desejos por meio da linguagem - gestos, expressões faciais e palavras.

Como é o desenvolvimento das crianças dos 18 aos 24 meses? O que a neurociência nos fala sobre esse período?


Por meio de Quadros Facilitadores, organizados a partir da Linguagem, Movimentos (coordenação motora global e fina), Subjetivação (emoção e relação) e Cognição, aborda-se a jornada de desenvolvimento das crianças de 18 a 24 meses. Apesar da subdivisão, não podemos perder de vista a certeza de que funcionamos como unidade. Assim, todas as áreas de desenvolvimento (social, emocional, intelectual/cognitiva, linguagem e motora) estão conectadas. Cada uma depende e influencia a outra, ou seja, há de observar o desenvolvimento de forma holística e não fragmentada.


Em meio a tantas habilidades e capacidades, é importante lembrar que as relações são a argamassa que conecta as crianças ao mundo e, em contextos tão singulares, cada uma tem seu próprio ritmo e maneira de colocar-se no mundo.


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http://www.tempodecreche.com.br/relacao/neurociencia-aprendizagem-e-desenvolvimento-infantil-18-a-24-meses-2/

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Neurociência, aprendizagem e desenvolvimento infantil Parte III: 12 a 18 meses


Para pais, professores, educadores e interessados...

Os bebês são pesquisadores. Nascem com a curiosidade e a iniciativa para descobrir o mundo que os cerca. Eles parecem particularmente interessados nas propriedades físicas dos objetos, testando-os com todos os seus sentidos. O que acontece de 12 a 18 meses?

Os bebês também mergulham nos mistérios do próprio corpo. Engajam-se em desafios complicados e, numa insistência brincante, vencem obstáculos e adquirem novas habilidade a cada dia.

Por volta de 12 meses, estão percorrendo a jornada da fala. Ouvem quem conversa com eles e criam combinações de sons buscando serem compreendidos. Em nenhuma fase da vida do ser humano a atividade cerebral é tão intensa! Pais, familiares e professores ou/ e cuidadores desses pequenos e incríveis seres humanos têm o privilégio de presenciar conquistas geniais.


Segue a aprendizagem e desenvolvimento infantil abordando a fase de 12 e 18 meses.






Bebês 12 a 18 meses movimento 1

Bebês 12 a 18 meses movimento 2

Bebês 12 a 18 meses linguagem 1

Bebês 12 a 18 meses linguagem 2

Bebês 12 a 18 meses linguagem 3

Bebês 12 a 18 meses cognição 1

Bebês 12 a 18 meses cognição 3

Bebês 12 a 18 meses cognição 2

Bebês 12 a 18 meses subjetivação 1

Bebes 12 a 18 meses -Subjetivação 2

http://www.tempodecreche.com.br/espaco-de-coordenar/neurociencia-aprendizagem-e-desenvolvimento-infantil-12-a-18-meses/

sábado, 6 de janeiro de 2018

Neurociência, aprendizagem e desenvolvimento infantil Parte II: 6 a 12 meses

Para pais, professores, educadores e interessados...

Os bebês são sensíveis às emoções e desde muito cedo são capazes de se expressar...
Os bebês aprendem, essencialmente, imitando os adultos e crianças com as quais convivem.
Os bebês praticam seus aprendizados testando e repetindo as ações e movimento muitas vezes.
Como o pais, professores podem ensinar os bebês e crianças pequenas a partir dessa informação?
Segue a aprendizagem e desenvolvimento infantil abordando a fase de 6 a 12 meses.

Quadro Facilitador Neurociencia desenvolvimento infantil

À medida que o bebê cresce e desenvolve a sua musculatura, exercita seus movimentos, vai ganhando controle sobre o próprio corpo, passando de gestos bruscos, "meio estabanados" a movimentos refinados, controlados e com intenção determinada.


 Os bebês não são compartimentos, recortados ou montados. Assim, as grandes áreas do desenvolvimentos infantil delimitadas no Quadros Facilitadores interligam-se, influenciam-se, influenciam-se e funcionam simultaneamente.

O que precisamos saber para ampliar as possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem?

Neurociência bebês 6 a 12 meses movimento 1

Neurociencia bebes 6 a 12 meses movimento 2

Quadro Facilitador Neurociencia 6 a 12 meses 2

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Quadro Facilitador Neurociencia 6 a 12 meses 7

Quadro Facilitador Neurociencia 6 a 12 meses 6

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http://www.tempodecreche.com.br/espaco-de-coordenar/neurociencia-aprendizagem-e-desenvolvimento-infantil-6-a-12-meses/








quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Neurociência, aprendizagem e desenvolvimento infantil Parte I: 2 a 6 meses

Para pais, professores, educadores e interessados...

O ser humano aprende somente aquilo que lhe parece útil, prazeroso e que faça algum sentido para ele.
Como o professor pode ensinar os bebês e crianças pequenas a partir dessa informação?
Segue aqui uma série de informações fundamentais e organizadas para que os todos tenha sempre à mão os pontos mais significativos do desenvolvimento nervoso e dicas para observar, pensar e repensar a prática pessoal e profissional.

O conhecimento do funcionamento e das estruturas do sistema nervoso avança a cada dia. A área responsável por este estudo é a Neurociência. Aliar suas descobertas à nossa experiência em  PsicoPedagogia, Psicologia e Pedagogia e à valorização da história e da cultura de cada criança, enriquece a atuação e favorece o planejamento de uma ambiente efetivamente educador.

Com quais culturas estamos lidando?
Qual a história de cada pequeno?
Como funciona o sistema responsável pelas aprendizagens que cada criança fará do mundo?
O que saber, observar e quais as estratégias para trabalhar com o incrível desenvolvimento do cérebro humano?


As publicações apontarão as mais significativas peculiaridades de cada fase do desenvolvimento nervoso, sensorial, motor, da linguagem, da cognição, aprendizagem e da subjetivação (relação e subjetividade):


Quadro Facilitador Neurociencia desenvolvimento infantil
Quadro Facilitador para Bebês de 2 a 6 meses.

Captura de Tela 2016-04-30 às 09.53.40
Captura de Tela 2016-04-30 às 09.57.01
Quadro Facilitador Tato e Movimento 1
Quadro Facilitador Tato e Movimento 2
Quadro Facilitador Tato e Movimento 3
Quadro Facilitador Linguagem e Aprendizagem 1
Quadro Facilitador Linguagem e Aprendizagem 2
http://www.tempodecreche.com.br/espaco-de-coordenar/neurociencia-aprendizagem-e-desenvolvimento-infantil/

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

O Mundo Pré-operatório de Laurinha


Uma das grandes dificuldades na pós foi encontrar uma produção de Vera Regina Passos Bosse: "O MUNDO PRÉ-OPERATÓRIO DE LAURINHA: CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O ESTÁGIO DE PENSAMENTO PRÉ-OPERATÓRIO".



Minha Laurinha é ruiva, fiz o exercício de imaginá-la:
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* Imagens retiradas da internet, meramente ilustrativa, pois a autora cita apenas a idade de Laurinha.


sábado, 1 de abril de 2017

Mãe e filha: um relacionamento muito longe da perfeição.

Filhas de mães sem amor: 7 Feridas comuns
Durante os anos em que pesquisei e escrevi Mean mothers, eu falei com outras mulheres sobre as nossas experiências em comum. A história de cada mulher é diferente; talvez o que há de comum é a descoberta de que não estamos sozinhas, que não somos as únicas meninas ou mulheres que tiveram mães incapazes de nos amar. Os tabus sobre “desrespeitar” os pais e os mitos da maternidade, que retratam todas as mães como amorosas, só servem para isolar as filhas não amadas. Essa descoberta aumenta a mágoa e as feridas, mas não se resume a isso.

O seguinte catálogo do que pode acontecer com uma filha que cresce sem o amor e o apoio de uma mãe não é uma pesquisa científica; não deve ser generalizado para todos os casos. Novamente, eu não escrevi como psicóloga ou terapeuta, mas como uma companheira de viagem.
Na infância, a criança pega o primeiro vislumbre de si mesma no espelho que é o rosto da mãe. Se a sua mãe for amorosa, o bebê se sentirá seguro e protegido; ele aprende tanto que é amado quanto é amável. Essa sensação de ser amável, digno de afeto e atenção, de ser visto e ouvido, torna-se o alicerce sobre o qual ele construirá as suas mais profundas certezas-de-si, e fornecerá a energia para o seu crescimento.


A filha de uma mãe fria – emocionalmente distante, que não interage com o bebê, ou até mesmo crítica ou cruel – aprende lições diferentes sobre o mundo e sobre si mesma. O principal problema, é claro, é o quão dependente uma criança humana é da mãe para sua nutrição e sobrevivência. O resultado disso é um apego inseguro, caracterizado como “ambivalente” (a criança não sabe se quem vai aparecer é a mamãe boa ou a má) ou “esquiva” (a criança quer o amor de sua mãe, mas tem medo das consequências dessa busca). O apego ambivalente ensina à criança que o mundo dos relacionamentos não é confiável; o apego evitativo configura um terrível conflito entre as necessidades da criança, tanto pelo amor de sua mãe quanto pela proteção contra os abusos físicos ou emocionais dela.
O ponto chave é que a necessidade da criança pelo amor de sua mãe é uma força motriz primordial, e essa necessidade não diminui com a indisponibilidade – coexiste com o terrível e prejudicial entendimento de que a única pessoa que supostamente te amaria sem condições, não o ama. A luta para lidar com isso é poderosa. Ela afeta muitas, se não todas as partes do self – especialmente na área dos relacionamentos.
O trabalho de Cindy Hazan e Philip Shaver (entre outros) mostrou que as experiências da primeira infância foram altamente preditivas sobre os relacionamentos românticos e as amizades feitas na vida adulta. Não vai surpreendê-lo afirmar que as feridas mais comuns são aquelas relacionadas ao self e à área de conexão emocional.
Não devemos olhar para estas feridas para se lamentar ou jogar toda a responsabilidade por quem somos nas costas de nossas mães, mas para nos tornarmos conscientes delas. A consciência é o primeiro passo para a cura de uma criança não-amada. Muitas vezes, nós simplesmente aceitamos esses comportamentos em nós mesmos sem saber o seu ponto de origem.
1. Falta de consistência

A filha não-amada não sabe que é amável ou digna de atenção; ela pode ter crescido se sentindo ignorada ou criticada. A voz da sua mãe continua ecoando na sua cabeça, dizendo que ela não é inteligente, bonita, gentil, amorosa, digna… etc,. Aquela voz materna internalizada continuará a minar suas realizações e talentos, a menos que haja algum tipo de intervenção. Filhas, por vezes, falam sobre o sentimento de que estão “enganando as pessoas” e expressam o medo de serem “descobertas” quando alcançarem o sucesso no mundo.

2. Falta de confiança

“Eu sempre me pergunto”, uma mulher um dia me confessou, “por que alguém iria querer ser meu amigo. Eu não posso evitar de pensar que há algum tipo de interesse oculto”. Estes problemas de confiança emanam do senso de que os relacionamentos são fundamentalmente não-confiáveis, e fluem tanto nas amizades quanto nos relacionamentos amorosos. Como Hazan e Shaver relatam em seus trabalhos, a filha ambivalente necessita de validação constante que a confiança se justifica. Em suas palavras, essas pessoas “experimentam o amor como algo que envolve obsessão, um desejo de reciprocidade e de união, altos e baixos emocionais, atração sexual extrema e ciúme”. A confiança e a incapacidade de estabelecer limites estão intimamente ligados.
3. Dificuldade para impor limites

Muitas filhas, presas entre a necessidade de atenção da mãe e a sua ausência, relatam não conseguir impor limites em seus relacionamentos adultos. Uma boa parte das filhas não-amadas relatam problemas em manter estreitas amizades femininas, que são complicadas devido a questões de confiança (“Como vou saber se ela é realmente minha amiga?”). Não são capazes de dizer “não” (“De alguma forma, sempre acabo sendo um capacho, fazendo muito, e geralmente me acabo me desapontando no final”), ou querem ter um relacionamento tão intenso que a outra pessoa se afasta.
4. Dificuldade para ver o self com precisão

Certa vez uma mulher compartilhou o que aprendeu na terapia: “Quando eu era criança, minha mãe sempre se focava em denunciar os meus defeitos e ignorava minhas realizações. Depois da faculdade, eu tive vários empregos, mas, em cada um deles, meus chefes se queixaram de que eu não estava me esforçando o suficiente para crescer. Foi só então que eu percebi que eu estava me limitando, adotando a visão que a minha mãe tinha sobre mim no mundo. “Grande parte disso tem a ver com tudo o que você ouviu quando criança e internalizou. Essas distorções na forma como vemos a nós mesmos podem se estender para todos os domínios, incluindo a nossa aparência. (Quando eu vasculhei minhas fotos do tempo de adolescência, olhei para aquela menina como a minha mãe, chamando-a de “gorda”. Ela também me chamava de “mal amada”). Outras filhas relataram sentirem-se surpresas quando obtiveram sucesso em alguma coisa, assim como são hesitantes para tentar algo novo, de modo a reduzir a possibilidade de falha. Isto não é apenas uma questão de baixa autoestima, mas algo bem mais profundo.       

5. Atitudes escapistas

A falta de confiança ou o medo, por vezes, coloca a filha não-amada em uma posição defensiva, de modo que ela evita se machucar por um mau relacionamento, em vez de se motivar a encontrar um amor estável. Essas mulheres, na superfície, podem agir como se quisessem estar em um relacionamento, mas em um nível mais profundo, menos consciente, o escapismo é o seu motivador. O trabalho de Hazan, Shaver e Bartolomeu confirma isso. Infelizmente, a evitação impede que a filha não-amada encontre o tipo de relação amorosa que ela procura.
6. Ser excessivamente sensível

Uma filha não-amada pode se tornar muito sensível aos insultos, reais ou imaginários. Um comentário aleatório pode carregar o peso de alguma experiência da infância sem ela mesmo estar ciente disso. “Eu tive que me concentrar nas minhas reações”, disse uma mulher, agora na casa dos quarenta anos. “Às vezes, eu confundo o que é dito, como brincadeiras ou outra coisa, e acabo me preocupando até me abalar e perceber que a pessoa realmente não quis dizer nada do que havia imaginado”. Elas tendem a pensar demais e ruminar muito as situações ruins.
7. Replicar o vínculo com a mãe nos relacionamentos

Infelizmente, tendemos a ser atraídos pelo que já sabemos – aquelas situações em que, apesar de representarem momentos de infelicidade, não deixam de ser “confortáveis”, por nos serem familiares. Isto, às vezes, tem o efeito de replicar, de maneira não-intencional, a relação maternal. “Eu me casei com a minha mãe, com certeza”, diz uma mulher: “Ele aparentava ser completamente diferente da minha mãe, mas, no final, acabou me tratando da mesma maneira. Como a minha mãe, ele alternava entre a indiferença e a atenção, às vezes fazia críticas horríveis, depois demonstrava alguma forma vaga de apoio”. Ela acabou se divorciando do seu marido e de sua mãe.

Fonte: PsychologyToday traduzido e adaptado por Psiconlinews Disponível em: http://www.psiconlinews.com/2016/01/filhas-de-maes-sem-amor-7-feridas-comuns.html